terça-feira, 27 de setembro de 2011

53

O animal se debatendo na teia
Cada vez mais débil dos seus abraços: 
já não me reconheço.


É você o homem-pássaro ganhando os céus
Dourados de tempestade em ocaso
Com aquilo que éramos repartido
Em inferno e paraíso.


Meus demônios galopam velozes
Na euforia dos pecados menores 
mas todo ânimo perece ao mais leve
golpe da minha memória.


Novos amantes logo se tornam velhos
Pela avidez dos meus anseios
De que seja você de novo, de que entre
asas e teias eu tenha 
você de algum jeito.