Agora sou eu,
é meu nome nos lábios
em brasa na pele,
no peito do homem
meu sangue corre
fecundo de sonho.
Os olhos de âmbar
Faíscam presságios alegres
Promessas veladas cintilam
E me abraçam, ternas.
O passado não nos pesa:
é meu, é do homem, nos faz completos
Pois a terra queimada é mais fértil
E do mar amargo se colhem as pérolas.
Invernos se dissipam,
Alaridos quedam mudos;
minha paixão, maior que tudo
move as coisas frias, sublimando-as
em sua melodia.
Em minhas mãos o homem
É guiado entre o pó de outros amores
e emerge, sem esforço
Já não tem nome, não precisa:
tem estas palavras, é perpétuo.