Amo tanto que as palavras
faltam.
Meu corpo cansado apenas
sussurra uma cantiga
inaudível para o meu amado.
Pois uma semente alada
pousou em meu peito
e nele fez casa.
E agora desabrocha embalada
no enleio dos murmúrios
de minhas veias.
Quando se molharem
as primeiras pétalas
no rocio amargo
das coisas doídas
da minha morte chegará o
dia e meu cadáver será
consolado por minha alma
liberta desta procura
infinita.
Um comentário:
Uma alma que pode se libertar em vida. Não estamos mortos ainda, apenas, talvez, desesperados.
Abraços.
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