Quão magnífico
O deleite
De ver-me
Escarnecida!
Tolhida por suas mãos,
Desvalida do ouro que me havia
Originado.
Não importando se apraz
ou enfastia,
Inócuo
Você se mostra.
Cínico, de risos fátuos
Provoca e debocha
Com cortesia
Sempre sinuosa.
Aos lampejos de silêncios
E censuras
Imola minha carne
Quase vencida.
Sega minhas asas que
De forma tão parva
Alçaram um vôo
De kamikase.
Espalha-as para que
Se encerrem em cinzas
No fogo dos ventos secos.
Apaga todos os rastros
Da minha matéria.
Mas como fênix,
Reajo aos
Seus impropérios.
7 comentários:
lindo ;~)
;*
= )
Lindo mesmo.
excepcionalmente, autor e eu-lírico se confundem.
lirismo puro, jogo intenso de palavras; muito belo de se imaginar.
há quedas mais gloriosas que vôos pomposos. me lembra um texto que escrevi tempos atrás...
confundi teu cínico censurador com o meu.
mas eu sou apenas umas cinzas espalhadas, minha querida fênix.
Adoro quando os teus versos aparecem por aqui :)
Qndo eu te leio acho q meu vocabulario é pior do q era ah 17 anos atras.
Mas muito bom (Y)
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