quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Quão magnífico
O deleite
De ver-me
Escarnecida!

Tolhida por suas mãos,
Desvalida do ouro que me havia
Originado.

Não importando se apraz
ou enfastia,
Inócuo
Você se mostra.

Cínico, de risos fátuos
Provoca e debocha
Com cortesia
Sempre sinuosa.

Aos lampejos de silêncios
E censuras
Imola minha carne
Quase vencida.

Sega minhas asas que
De forma tão parva
Alçaram um vôo
De kamikase.

Espalha-as para que
Se encerrem em cinzas
No fogo dos ventos secos.

Apaga todos os rastros
Da minha matéria.
Mas como fênix,
Reajo aos
Seus impropérios.

7 comentários:

Anônimo disse...

lindo ;~)
;*

Anônimo disse...

= )

Lindo mesmo.

. disse...

excepcionalmente, autor e eu-lírico se confundem.

Daniel Feitosa disse...

lirismo puro, jogo intenso de palavras; muito belo de se imaginar.

Anônimo disse...

há quedas mais gloriosas que vôos pomposos. me lembra um texto que escrevi tempos atrás...

Marina Moura disse...

confundi teu cínico censurador com o meu.
mas eu sou apenas umas cinzas espalhadas, minha querida fênix.
Adoro quando os teus versos aparecem por aqui :)

Junker disse...

Qndo eu te leio acho q meu vocabulario é pior do q era ah 17 anos atras.

Mas muito bom (Y)