sábado, 26 de abril de 2008

Resquícios de um dos muitos vidros
Quebrados do prédio velho
Estalos nervosos sobre os meus pés.

Sereno
Silêncio
Segredo.

Escuto as frases curtas
Como quem chora um réquiem
O suspense do dia que vem.

Não compadeço
Aflijo-me, apenas:
Também sou Lázaro.

Prevendo o jazigo
do corpo
já inerte.

3 comentários:

Anônimo disse...

O abandono (do ser ou do prédio) força o tempo a quebrar certos vidros.

Anônimo disse...

Odeio abandonos, mas continuo a abandonar.

AnaLoo disse...

Fuçando meu blog encontrie um comentário seu, antigo e perdido.

Abandonado?

Parece que não.

Depois venho aqui com calma.